1 de março de 2013

PREFEITA DE MARAGOJIPE ATOLADA EM ESCÂNDALOS, DIZ JORNAL

Foto: Bocão News
A prefeita eleita de Maragojipe, Vera Lúcia Maria dos Santos, a Vera da Saúde (PMDB), assumiu o município no dia 1º de janeiro de 2013. Com dois meses de administração, a gestora já acumula denuncias que colocam em cheque a sua gestão que tem data prevista para findar no dia 31 de dezembro de 2015. Eleita com 13.035 votos, Vera contou – segundo reportagem do Jornal da Metrópole - com o apoio valioso do deputado estadual Targino Machado (PSC). A ligação entre o parlamentar e a peemedebista levantou algumas suspeitas com a publicação de quatro contratos sem licitação que foram publicados no Diário Oficial do Município de 30/1. Dentre estes, ganha destaque a contratação da consultoria jurídica do o escritório Lomanto, Brito & Machado Neto Advogados Associados da qual um dos sócios é Targino Machado Pedreira Neto, filho do deputado Targino Machado. O contrato, de 12 meses, tem valor global de R$ 216 mil — ou R$ 18 mil por mês. Segundo um advogado especializado em processos licitatórios contatado pela Metrópole, a contratação do  escritório foge à razoabilidade. “Se já existem quatro ou cinco procuradores à disposição da prefeitura, não é  razoável contratar uma assessoria jurídica, com preço acima do mercado, para fazer esse trabalho”, diz. Já Targino Neto discordar. Segundo ele, pode ser feita a contratação direta não só em caso de “notória especialização”, mas também de “confiança do gestor no trabalho do advogado”. Questionado pela publicação se já havia trabalhado com a prefeita, o filho do deputado Targino Machado negou. 
A situação da prefeita se complica ainda mais com as declarações do ex-coordenador da campanha e ex-secretário de Educação da cidade, Arivaldo Vieira, que escreveu carta aberta na qual acusa Vera de “compra de votos”, “pagamento irregular de salários, contratos milionários”, “contratação irregular de funcionários”, além de “atos de improbidade administrativa e (...) perseguições políticas à população”. “Eu era o titular da Pasta e somente fui nomeado por força de um acordo político com características de aliciamento e compra de votos que vou denunciar”, diz Arivaldo. As denúncias levaram os vereadores da oposição Neto do PT, Roque do Trator (PT) e Didi da Avenida (PSDB) a pedirem a abertura de uma CPI para investigá-las. A assessoria de comunicação da prefeita disse que ela “não tem medo” da CPI. b Vera da Saúde não concedeu entrevista ao Jornal da Metrópole porque, segundo a assessoria, tinha a agenda cheia. Targino Neto disse desconhecer o valor de R$ 216 mil e falou que o contrato é de R$ 180 mil. O procurador-geral do Município, José Costa Neto, também disse desconhecer o contrato, mas admitiu que “alguns” dos serviços do escritório poderiam ficar a cargo da Procuradoria. O deputado Targino Machado não foi encontrado para comentar as denuncias.

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