Com crescentes dificuldades de caixa, o
governo petista passou a recorrer ao banco federal de fomento à produção para
outra finalidade: socorrer Estados e municípios e intervir nos crescentes
conflitos federativos. Levantamento feito pela Folha mostra que, em menos de
três anos, o volume de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) comprometido com governos regionais saltou de R$ 10 bilhões
para mais de R$ 17 bilhões. A tendência, a julgar pelas medidas recentes da
área econômica, é de um crescimento ainda mais acelerado daqui para a frente.
Só neste ano, foram criadas novas linhas de crédito cujo valor se aproxima dos
R$ 30 bilhões. E, no movimento mais inusitado, a gestão de Dilma Rousseff
ofereceu neste mês aos governadores até R$ 129 bilhões em financiamentos do
banco, nos próximos 16 anos, na tentativa de acordo em torno da nova proposta
oficial de reforma tributária. Pela proposta, o dinheiro do BNDES faria parte
de um fundo de desenvolvimento regional, destinado a compensar Estados mais
pobres prejudicados pela mudança a ser promovida na repartição da receita do
ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Fonte: Folha de São Paulo
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