28 de março de 2013

QUINTA-FEIRA SANTA: INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA E LAVA PÉS


Neste dia o mundo Cristão recorda e celebra fatos fundamentais para a História da Salvação. A instituição da Eucaristia – “E tomando o pão, deu graças, partiu e deu para eles dizendo: Isto é o meu corpo, que será entregue por vós. Fazei isto em minha memória. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que será derramado por vós”(Lc, 22, 19-20). Adeterminação de um Novo Mandamento – “Um novo preceito eu vos dou: que vos ameis uns aos outros. Assim como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Todos hão de conhecer que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo, 13, 34-35).

E o Mestre que se curva,para lavar os pés dos discípulos, num gesto de serviço e humildade. A respeito do gesto de Jesus de lavar os pés dos discípulos, façamos uma breve reflexão, partindo do trecho do Evangelho segundo São João, abaixo: “Se eu, pois, Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo para que, como vos fiz, assim também façais vós” (Jo 13, 14-15). Nós que acreditamos na eficiência e no valor da palavra de Deus e o que ela significa para a vida de todos, não podemos descuidar da responsabilidade e dos desdobramentos destes dois versículos citados acima. Se Jesus, que é Mestre e Senhor, lavou os pés dos seus discípulos, convoca-nos para o exemplo vivo do imperativo categórico: “Vocês também devem fazer o mesmo!” Isto não é nada fácil, nada cômodo. Lavar os pés dos outros é um exercício de humildade. Implica curvar-se, descer do topo de seu egoísmo, ir ao encontro da necessidade do outro, socorrê-lo. Perceber suas necessidades sem precisar de ser solicitado. Carregar o outro no momento em que esteja precisando de um ombro amigo, de um colo. Hoje, na época do subjetivismo, quando tudo gira em torno do ego geralmente inflado, é muito difícil “lavar os pés” de quem quer que seja, até de amigos, colegas ou irmãos. Numa época em que a autonomia é confundida com autossuficiência, o gesto de humildade e de serviço desinteressado para o outro é sinal de fraqueza e submissão, uma realidade pouco ou nada apreciada. Se acreditamos na palavra do Filho reforçada com seus gesto, ela torna-se uma regra de vida e não apenas uma simples recomendação que possamos ou não deixar de fazer. A palavra é muito clara: “Dei-vos o exemplo para que, como vos fiz, assim também façais vós”. Não temos subterfúgios escapatórios.

Para todos uma Feliz e Santa Páscoa. Que Jesus, Mestre e Senhor, não permita que esqueçamos do imperativo de servirmos e que isso implica na busca pela virtude da humildade. Amém!

Prof. Alex Brito 

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