Neste dia o mundo
Cristão recorda e celebra fatos fundamentais para a História da Salvação. A instituição da Eucaristia – “E tomando o pão, deu graças, partiu e deu
para eles dizendo: Isto é o meu corpo, que será entregue por vós. Fazei isto em
minha memória. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou o cálice, dizendo:
Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que será derramado por vós”(Lc, 22,
19-20). Adeterminação de um Novo Mandamento
– “Um novo preceito eu vos dou: que
vos ameis uns aos outros. Assim como eu vos amei, amai-vos também uns aos
outros. Todos hão de conhecer que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos
outros” (Jo, 13, 34-35).
E o Mestre que se curva,para lavar
os pés dos discípulos, num gesto de serviço e humildade. A respeito do gesto de
Jesus de lavar os pés dos discípulos, façamos uma breve reflexão, partindo do
trecho do Evangelho segundo São João, abaixo: “Se
eu, pois, Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés
uns dos outros. Dei-vos o exemplo para que, como vos fiz, assim também façais
vós” (Jo 13, 14-15). Nós que acreditamos na
eficiência e no valor da palavra de Deus e o que ela significa para a vida de
todos, não podemos descuidar da responsabilidade e dos desdobramentos destes
dois versículos citados acima. Se Jesus, que é Mestre
e Senhor, lavou os pés dos seus discípulos, convoca-nos para o exemplo vivo do
imperativo categórico: “Vocês também devem fazer o
mesmo!” Isto não é nada fácil, nada cômodo. Lavar os pés dos outros é um
exercício de humildade. Implica curvar-se, descer do topo de seu egoísmo, ir ao
encontro da necessidade do outro, socorrê-lo. Perceber suas necessidades sem
precisar de ser solicitado. Carregar o outro no momento em que esteja
precisando de um ombro amigo, de um colo. Hoje, na época do subjetivismo,
quando tudo gira em torno do ego geralmente inflado, é muito difícil “lavar os
pés” de quem quer que seja, até de amigos, colegas ou irmãos. Numa época em que a
autonomia é confundida com autossuficiência, o gesto de humildade e de serviço
desinteressado para o outro é sinal de fraqueza e submissão, uma realidade
pouco ou nada apreciada. Se acreditamos na
palavra do Filho reforçada com seus gesto, ela torna-se uma regra de vida e não
apenas uma simples recomendação que possamos ou não deixar de fazer. A palavra
é muito clara: “Dei-vos o exemplo para
que, como vos fiz, assim também façais vós”. Não temos subterfúgios
escapatórios.
Para todos uma Feliz e
Santa Páscoa. Que Jesus, Mestre e
Senhor, não permita que esqueçamos do imperativo de servirmos e que isso
implica na busca pela virtude da humildade. Amém!
Prof. Alex Brito
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