Cardeais cumprimentam Papa Francisco em missa solene de início do pontificado
O Papa Francisco pediu nesta terça-feira, 19, na missa de inauguração
de seu pontificado na Praça de São Pedro, a defesa do meio ambiente e
solicitou aos vários dirigentes que acompanhavam a cerimônia que não
deixem que "os sinais de destruição e morte" guiem o mundo. O novo pontífice, que se definiu como um "humilde" servo, iniciou seu
pontificado com um forte pedido de defesa da "criação, a beleza", o
"respeito às criaturas de Deus e ao entorno em que vivemos", inspirado
em São Francisco de Assis, o santo dos pobres e defensor da natureza e
da paz. O primeiro Papa jesuíta, que optou pelo nome de Francisco em homenagem
ao santo italiano do século XIII, fez o pedido pela paz ante 132
dirigentes de todo o mundo presentes, incluindo 31 chefes de Estado, boa
parte deles da América Latina, incluindo Dilma Roussef. "Gostaria de pedir, por favor, a todos os que ocupam postos de
responsabilidade no âmbito econômico, político ou social, a todos os
homens e mulheres de boa vontade: sejamos 'custódios' da criação, do
desígnio de Deus, inscrito na natureza, guardiães do outro, do meio
ambiente; não deixemos que os sinais de destruição e morte acompanhem o
caminho deste nosso mundo", disse no altar instalado no centro da
esplanada. O Papa argentino, que recordou seu "venerado predecessor", o papa
emérito Bento XVI, o primeiro pontífice da era moderna que renunciou ao
cargo, mencionou também João Paulo II e pediu aos membros da Igreja que
se inspirem em São José, "um homem forte, corajosos e trabalhador", mas
de "grande ternura". "Não devemos ter medo da bondade, da ternura", disse. "Nunca esqueçamos que o verdadeiro poder é o serviço e que também o
Papa, para exercer o poder, deve entrar cada vez mais neste serviço que
tem seu cume luminoso na cruz, deve colocar seus olhos no serviço
humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços
para proteger todo o povo de Deus e acolher com afeto e ternura toda a
humanidade, especialmente os mais pobres, frágeis, os pequenos",
completou. Diante de vários presidentes da América Latina, incluindo Dilma
Rousseff e a argentina Cristina Kirchner, o primeiro Papa de língua
espanhola explicou como entende o comando da Igreja, uma instituição com
1,2 bilhão de fiéis e que passa por uma grave crise de credibilidade
após uma série de escândalos. Com perguntas e respostas, Francisco centrou a homilia na figura de São
José, "custódio" de Maria e de Jesus, mas também da Igreja. "Como vive José na custódia de Maria, de Jesus e da Igreja? "Sempre
disponível", respondeu, antes de afirmar que "José é custódio porque
sabe escutar Deus" e "sabe ler com realismo os acontecimentos",
completou.
Fonte: A Tarde
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